A pequena Briádinnis

09:58

Antes mesmo de eu me reconhecer com o nome de Briádinnis, eu já tinha um certo fascínio pela magia. Na aba de "sobre" aqui do blog, que conto um pouco do que fiz e ando fazendo pelas sendas pagãs, disse que o meu chamado para a Wicca começou com a revistinha Almanaque Wicca de 2007. Mas outro dia estava relembrando e percebi que começou bem antes. 

Minha madrinha adorava falara sobre signos para mim e eu amava aquilo, ficava perguntando para ela a combinação das minhas paqueras de escola. Quando era bem novinha brincava de "chamar o vento", e ele vinha. Minha mãe me repreendia porque eu ia "acabar chamando um furacão"! Mães e suas teorias. Mas aquela era minha brincadeira. Eu até recitava um poema de um livro infantil "vem vento em movimento..." ou algo assim. Minha primeira magia. 

Por essa época também eu passava por alguns bares e havia cartas de baralho jogadas no chão, eu morria de vontade de pegá-las para brincar, mas, claro, não deixavam. Então eu me contentava em brincar com o baralho do meu padrinho, montando castelos, vendo as figuras. Algo me atraía, mas não sabia bem o que.

A primeira experiência com a Deusa, foi com Afrodite. Eu brincava com algumas primas e por algum motivo elas, evangélicas, me deram a missão de montar uma poção para Afrodite. Naquela época eu a conhecia do desenho Hércules e só. Pois bem, tinha que colocar mamão e outras coisas estranhas. Pedi para minha mãe fazer. Lembro dela comentando com meu irmão mais velho "isso é da idade, não é?". E apesar de um lado mais racional falar para mim que era, outro mais antigo e profundo falava que aquilo tinha uma razão. Minha primeira poção do amor! 

Então um pouco antes de aparecer o Almanaque Wicca, que foi o marco da entrada do paganismo na minha vida, eu colecionava uma revistinha chamada "Smack". Nela falava de um desenho com o nome de (adivinhem!) W.I.T.C.H e eu ficava encantada por aquelas jovens poderosas, as minhas favoritas eram a ruivinha líder e a Cornélia, a loira. Dessa mesma revista eu recortei o desenho de uma bruxinha adolescente, com um vidro de poção na mão e andei com aquela imagem no meu caderno o ano todo. A Deusa me chamou em vários momentos da minha vida, mas eu não sabia escutá-la. 

Quando eu descobri a Wicca foi como se tudo que eu acreditava e sentia no mais íntimo da minha alma estivesse reunido em um só lugar. Eu não precisei ser convertida, aquela simplesmente era minha verdade. E como diz a famosa frase (que minha antiga mentora não gosta): "Uma vez bruxa,sempre bruxa". E eu entendo dessa máxima que uma vez que você conhece a verdade, e se descobre, não consegue mais acreditar na mentira e nem fugir de quem você é.



Bênçãos Brilhantes!

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